quinta-feira, 20 de setembro de 2012

FINGIMENTO

Dou risada, para meu pranto não escorrer entre os olhos para a tristeza do meu ser.
Sou alegre, para não cair na solidão do meu coração.
Tento ser jovial, para não mostrar meu âmago ferido.
O ermo para mim não tem fim, pois, não estou perto de você o bastante para me sentir ditosa.
Sofro com o dia, com a noite, com o verão, com o inverno.
Sofro com os pássaros cantando ao longe, com as flores e seus odores.
Sofro com o vento e com a chuva, com o sol e com o calor.
Eu padeço por você estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe.
Peço que você não me condene, pois eu não quis sua amizade.
Eu sei que vai ser difícil voltar a sermos amigos.
Se um dia fomos isso!
Pois digo com toda sinceridade: "_ Ame, mas não ame a ponto de chegar ao topo da montanha da Paixão. Você pode cair lá de cima e se machucar com a solidão.
Digo isso porque me iludi e cheguei ao topo, cai e me machuquei, sem saber que eu tinha preparado essa enrascada para mim, e sem saber cavei meu túmulo no cemitério da saudade.

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